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A mostrar mensagens de novembro, 2008

"ESTIO"

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ESTIO Horizonte todo de roda caiado de sol. Ao meio do cerro gretado esguia cabeça de cobra olha assobios de lume sobre espigas amarelas... (Campaniços degredados na vastidão das searas sonham bilhas de água fria!...) Manuel da Fonseca ( Santiago do Cacém: 15/10/1911 - 11/3/1993) Manuel da Fonseca praticou a escrita em todos os géneros: jornalismo, conto, romance, poesia. Porém, a faceta em que mais se destacou foi a de ser um verdadeiramente excepcional contador de estórias . Facto que eu tive a felicidade de comprovar ao assistir a uma sessão do Partido Comunista Português, no seu Centro de Trabalho no Barreiro . Para se perceber melhor o contexto em que viveu ( mais correcto seria escrever "sobreviveu") e sofreu José da Graça Cabrita na explorada e mártir região alentejana, aconselho a leitura das seguintes obras de Manuel da Fonseca: " Cerromaior"( com adaptação ao cinema) e &quo

DÉCIMAS

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I I Passei vida amargurada, o meu mal já não tem cura, só o tem na sepultura com o remédio da enxada. A morte está demorada, a morte de mim se esquece; se este favor me fizesse, que esmola que me fazia, se fosse já hora e dia que a morte por mim viesse! II Trago uma coisa comigo, só Deus e eu é que a sei; não estou conforme com a lei desta tristeza em que vivo. Tenho um génio muito activo e, castigado neste imposto, a testemunha é meu rosto: tenho as minhas canhas brancas e pelas paixões serem tantas morria com muito gosto. III Ninguém uma luz me acende! Depois que o dia se acabe porta minha não se abre, só procuro algum alpendre. Se alguém me não compreende, eu o vou esclarecer: é a vida sem prazer e sem esperança no futuro; que eu vivo sempre no escuro, nasce o Sol, torna a nascer. IV P´ra tudo quanto é nascido dizem que o Sol alumeia, mas uns

LEGENDA

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EGIPTO: Templo de Luxor ( 2 de Junho, 2008) Façam ruínas do que me afirmo, espalhem ao vento as cinzas do que sou: na parcela mais remota do que fui estou! JOAQUIM NAMORADO

Pensamento

"A educação é um acto de paciência e persistência, como se sabe, e quem está de passagem cansa-se." ANTÓNIO CANHÃO ( Professor)

ESPIRITUALIDADE MAIA

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Após dançarem em círculo, "Los voladores" sobem o mastro. Já no topo, também ao som de música, começam a rodar.... e, presos por um pé a uma simples corda, iniciam a descida em lentos círculos... de cabeça para baixo. E assim prestam preito ao mítico Homem-Pássaro. POEMA RELIGIOSO MAIA Toda luña, todo año Todo día, todo viento, Camina e pasa también. También todo sangre Llega al lugar de su quietud... Nota: as fotos foram tiradas em Tulum( 7/10/2008)