SÃO

 " Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo... A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram : eles dobram por ti."

 

 "De nada serve construir palácios , se neles não pudermos brincar."

 Este espaço foi aberto em 20 de Janeiro de 2008  e completa hoje , portanto , 16 anos    -  atingindo as 1480 publicações e 44 .300 comentários. Muita vida passou por mim e por quem interagiu comigo ao longo deste tempo e também pela Terra, nossa casa comum. Tivemos momentos muito agradáveis , outros nem tanto e , infelizmente, muitas das  pessoas que me deram o prazer da sua presença aqui  partiram para outra dimensão. O ano agora  iniciado apresenta-se complicado e com augúrios preocupantes, mas espero de coração que nos seja possível estarmos aqui em 2025  festejando mais um ano de convivência. Para vós , um caloroso e grato abraço; para quem já não está entre nós  paz e luz; e que seja possível a todo o ser humano tornar-se pessoa! 

  O Chega é um partido centrado em André Ventura. Não tem ideologia nem militantes /apoiantes de qualidade. Ventura provém do PSD e congrega no Chega   descontentes como ele com o rumo do partido de origem e fascistas e saudosistas da ditadura refugiados no CDS por ser durante décadas o partido mais à direita no espectro político. Existem também aqueles que se sentem desiludidos com a situação política protagonizada pelos partidos que têm governado o país. O que se viu  este fim de semana foi um espectáculo deprimente a todos os níveis , desde a votação de quase 100% em Ventura , às promessas delirantes de corte de impostos e reformas iguais para toda a gente, passando pelo machismo bem latente e total má vontade contra os imigrantes. Porém, o ponto alto foi a declaração peremptória de um dos militantes assumindo ser fascista . As esfarrapadas desculpas de que o dissera por ironia , obviamente, não colhem. Além do mais , teve o arrojo de invocar umas quantas vezes Francisco Sá Carneiro

  " Os ciclos mediáticos têm uma natureza que a razão desconhece. Passámos de ininterruptas horas, sucessivos dias, intermináveis semanaS em volta de uma guerra para um momento de terror numa outra geografia; virámos totalmente o ângulo e mergulhamos novamente em  ininterruptas horas, sucessivos dias e intermináveis semanas, esquecendo totalmente o conflito anterior. Tem sido assim entre Ucrânia e Gaza. No entretanto , dedicamos um total de zero horas a guerras civis ainda mais trágicas, como as que ocorrem no Yémen e no Sudão, ou a massacres cometidos nos últimos seis anos sobre a minoria rohingya (muçulmana) às mãos dos militares da Birmânia, responsáveis por mais de um milhão de deslocados nos países vizinhos , como a Tailândia, a Malásia, a Índia e, sobretudo, o Bangladesh, onde está hoje situado o maior campo de refugiados do mundo."  * * O sublinhado é meu.

 " Israel não está a lutar com seres humanos. Israel está a lutar com monstros. Os bombardeamentos de Gaza não são vingança , não são retaliação."

 "Podem dizer que é uma ideia utópica, mas é a minha utopia. As guerras, as pandemias, as alterações climáticas, só podem ser controladas por um governo mundial que tenha efectivamente poder. Senão acontece aquilo que estamos a ver: Israel a fazer coisas estranhas , o mundo inteiro a criticar - com excepção dos E. U. A.  e da Europa por imitação - mas sem ninguém se importar verdadeiramente... As Nações Unidas, tal como estão concebidas, são um governo mundial impotente. " *Orhan Pamuk é um escritor turco, vencedor do Nobel de Literatura em 2006.