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A mostrar mensagens de fevereiro, 2015
INFORMAÇÃO
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A quem me dá o prazer das suas visitas e comentários, tenho esta triste informação a dar: o meu computador está agonizante.O que não surpreende: tem dez anos e este é o terceiro disco rígido. Consequentemente, se eu desaparecer de cena pela esquerda baixa, foi porque a maquineta morreu de vez. Abraços para vós ! Nota:A foto foi tirada em Toledo (Espanha), em 22/2/2015
BOM FIM DE SEMANA : Ilha Terceira - Açores, filmes realizados entre 1955 e 1960
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INCÊNDIO - AL BERTO
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INCÊNDIO se conseguires entrar em casa e alguém estiver em fogo na tua cama e a sombra duma cidade surgir na cera do soalho e do tecto cair uma chuva brilhante contínua e miudinha - não te assustes são os teus antepassados que por um momento se levantaram da inércia dos séculos e vêm visitar-te diz-lhes que vives junto ao mar onde zarpam navios carregados com medos do fim do mundo - diz-lhes que se consumiu a morada de uma vida inteira e pede-lhes para murmurarem uma última canção para os olhos e adormece com lágrimas - com eles no chão AL BERTO (11/1/1948 - 13/6/1997)
AÇORES : ALGAR DO CARVÃO
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Algar do Carvão situa-se na ilha Terceira do arquipélago português dos Açores e é um dos dois únicos vulcões do mundo que expeliram toda a massa e , consequentemente, se podem visitar. Não (me) é possível descrever a sensação de entrarmos no ventre da montanha, olharmos para o alto e vermos o límpido azul do céu através da cratera. Quando começamos a descer, podemos ver na rocha as marcas profundas deixadas pela erupção assim como as diferentes direcções na subida até ao exterior. Não desci até mesmo ao fundo, porque a partir de determinada profundidade , os degraus são íngremes e estão escorregadios dado que a água da lagoa aí existente os cobre no Inverno. Sugiro vivamente a não perderem a oportunidade única, se isso for possível, de entrarem e apreciaram algo assim. Se , porventura, puderem assistir a um dos espectáculos que lá se efectuam, melhor.
POESIA - HERBERTO HELDER
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e só agora penso: porque é que nunca olho quando passo defronte de mim mesmo? para não ver quão pouca luz tenho dentro? ou o soluço atravessado no rosto velho e furioso, agora que o penso e vejo mesmo sem espelho? - cem anos ou quinhentos ou mil anos devorados pelo fundo e amargo espelho velho: e penso que só olhar agora ou não olhar é finalmente o mesmo HERBERTO HELDER ("A Morte Sem Mestre", 2014)