O vice-almirante Gouveia e Melo é o coordenador máximo da equipa responsável pela vacinação da população portuguesa contra o COVID.
Até agora, no geral, tem tido um excelente desempenho, atendendo à envergadura da tarefa e ao escasso conhecimento sobre a doença. Além disso, as decisões políticas não são de sua responsabilidade, obviamente.
Na sua deslocação ao centro de vacinação de Odivelas foi confrontado com um grupo de negacionistas que, além de o insultarem, se lhe colocaram à frente para o impedirem de passar. Com a calma que o caracteriza, afirmou que a ignorância e o obscurantismo são , esses sim, os verdadeiros assassinos e saiu pela porta por onde entrara enfrentando as mesmas pessoas aos gritos.
Pessoalmente, não me agrada totalmente a maneira como o assunto tem sido conduzido e considero demasiado precoce a vacinação de adolescentes e crianças, dada a total ignorância de efeitos a longo prazo das vacinas. Felizmente já não tenho ninguém dessas faixas etárias sob a minha responsabilidade, porque seria um decisão muito difícil de tomar.
Como disse já há tempos , não confio nas vacinas e receio muito os efeitos secundários, particularmente a longo prazo - embora o meu longo prazo seja, na melhor das hipóteses, doze ou treze anos. Nem por isso deixei de me fazer vacinar, porque de entre dois males, escolhe-se o menor.
Também não entendo nem me agrada que se esteja dependente de duas ou três farmacêuticas e considero criminosa a falta de solidariedade com os países mais pobres.
Porém , gostaria imenso de que quem nega a doença ou, no mínimo, a sua gravidade, me explicasse o motivo das mortes, já alcançando a cifra de milhões.
Que o Grande Espírito nos ilumine!