" Enquanto mulher, mãe e feminista, revolta-me especialmente que seja tão comum ser vítima de maus cuidados de saúde no processo de gravidez e parto em Portugal. É um momento especialmente sensível, de grande vulnerabilidade, em que sofrer maus tratos, coação, desconsideração, intervenções dolorosas que não são necessárias e todo o tipo de silenciamento é profundamente traumático, física e psicologicamente. Bem sei que a falta de números não ajuda a que se tome o problema como sério e, infelizmente, a falta de registos fidedignos por parte dos serviços e as poucas queixas formais das vítimas ( por falta de informação ou consciência do trauma) são o argumento perfeito para quem prefere praticar o negacionismo."