JOSÉ AFONSO
2/8/1929 - 23/2/1987
QUADRAS POPULARES
Glória ao Primeiro de Maio
E aos mais que estão para vir
E aos capitães que fizeram
O 25 de Abril
Hoje os tempos estão mudados
Mal vai para quem trabalha
Sai das tuas tamanquinhas
E luta contra a canalha
Há para aí quem se venda
A quem lhe dê cinco réis
E ande de cara à banda
A vender mais cinco ou seis
E a reacção de sotaina
Já viste como se enfeita?
Quando lhe chega a cobiça
Passa-lhe logo a maleita
O ar de químicos cheio
Rói a vida que desponta
O homem não vale nada
Só o dinheiro é que conta
Cai-te no bolso um pataco
E dizes que é já reforma
Põem-te dentro de um saco
Atado de qualquer forma
Faz aqui falta uma trova
Duma criança oprimida
Ela que fale da fome
Ela que fale da vida
São da América Latina
De Ásia e África nascidos
Os que hão-de dizer ao Mundo
Que estão cada vez mais vivos
Quando uma lancha se afunda
Nunca a culpa é do patrão
É sempre de quem se amola
Lá no fundo do porão
Esta terra será nossa
Quando houver revolução.
Buenas noches Sâo, Jose Afonso, (Zeca), en sus canciones nos trae la vigencia de sus letras, en estos tiempos, que muy lentamente van cambiando.
ResponderEliminarDemasiado lentamente, para el poder que existe.
Beijos.
Jesus
Que NUNCA a sua voz se cale e sempre permaneça no nosso imaginário!...
ResponderEliminarabraços!
Que grande artista, que enorme pessoa...
ResponderEliminarTive a oportunidade de poder conversar com ele quando veio actuar no Teatro Principal de Valência, no festival de música Ibérica, nada mais que com María del Mar Bonet, Raimon y Lluís Llach.
Pouco tempo depois deixou-nos...
Beijinhos para TI
Passei aqui por acaso e ainda bem. E dizem que não há coincidências...
ResponderEliminarOi são, um feliz carnaval.
ResponderEliminarBeijos carinhosos.
Cleo
e não se calará, nunca, porque as vozes da razão são muito fortes!
ResponderEliminaragarra-se esta voz e juntamos os nossos ideais e a canção tem mais força!
beijinhos, xará
Ó São, aqui entre nós que ninguém nos ouve, acha mesmo que os tempos estão mudados como diz o poema? Ai,
ResponderEliminarminha amiga, como eu já estou: é
que eu não dou por nada!(eheheh!)
Grande abraço.
Querida São.
ResponderEliminarJosé Afonso nunca teve outro intervencionista que o igualasse. Como em tempos já te disse tive o grato prazer de conhecê-lo pessoalmente. Homens daquela tempera já não aparecem. Andam por aí uns palhaços ( salvo a honra dos palhaços )a se proclamarem salvadores da pátria. Usaram e abusaram de José Afonso, mas tenho a certeza que se ele estivesse entre nós, seria sempre o mesmo intervencionista. Lembrar José Afonso é eternizá-lo. Jamais esquecerei o meu grande Amigo José Afonso e, não venha ninguém dizer que "ELE" era de esquerda ou de direita, ele era simplesmente o humanista chamado JOSÉ AFONSO.
JESUS E ENCARNA
ResponderEliminarLos tiempos cambian lento, lentissimo...pero cambian!
Tengamos esperanza, Amic JESUS!
Besos.
Assim seja, TINTA PERMANENTE!
ResponderEliminarTudo de bom.
Que estupenda companhia!
ResponderEliminarEu fui aluna dele no seu último ano de docente , em Setúbal.
Um grande abraço, querido DUARTE!
COXA E MARRECA
ResponderEliminarOlá, linda!
Pois venha que será bem-vinda!
Fique bem.
CLEO, querida, que o seu tenha sido bem mais alegre que o meu foi!
ResponderEliminarUm grande abraço.
GAIVOTA
ResponderEliminarQuerida, mais uma vez estamos de acordo!
Um abraço bem grande.
Já estiveram mais, caro VITOR MATEUS....As semelhanças com a ditadura começam a aparecer, acho.
ResponderEliminarBeijinhos.
Meu caro amigo JOÃO, eu fui aluna de José Afonso e não foi fácil.
ResponderEliminarMas concordo absolutamente: era um HUMANISTA ímpar , que estaria contra aquilo que aí está agora.
Um abraço grande.
Que Homem é o Zeca.Só o conheci logo a seguir ao 25/4/74.
ResponderEliminarPessoalmente,claro. Ficava a ouvi-lo,encantada,horas a fio.
Da música lembro-me eu e adoro.
Beijo.
isa.
Ora ainda bem que temos essa admiração em comum.
ResponderEliminarFica bem, linda.
Querida São
ResponderEliminarUltimamente, tem sido só a Mariazita a postar no Lírios. Os estudos absorvem-me muito tempo, e como estão em primeiro lugar, a Mariazita tem me feito o favor de manter o blog activo. Não sei se ela vai querer fazer isso muito tempo. Vamos ver, senão terá que fechar.
Como ela tem estado ausente, resolvi eu postar um poema da minha poeta preferida - Florbela Espanca.
Espero que vás ver e que gostes.
Eu ainda não existia quendo se deu o 25 de Abril, mas gosto muito da música de Zeca Afonso.
Até sempre
Beijos da Líria
Já estive lá, linda!
ResponderEliminarE agrada-me gostares de ZEca!
Beijinhos.
Salvé Companheira de todas as jornadas!
ResponderEliminarsim! falta fazer-se a REVOLUÇÃO aquela que todos ignoram e depois...passá-la á acção!
venho aqui informar e "para memória futura" que existe um blog dos "Oscares", onde já foi chamado ao palco, o seu nome...a música já se iniciou até!
abraço e parabéns!
sempre...
Mariz
Alguém que sempre recordamos com emoção. A voz que me despertou para a realidade.
ResponderEliminarUm abraço
Tive a sorte de o conhecer pessoalmente muito pouco antes do 25 de Abril.
ResponderEliminarO meu pai foi a um encontro (em Vendas Novas), num dia de Fevereiro de 1974, que parecia o dia do dilúvio final.
Não o fixei e só soube quem era depois do 25 de Abril ...
Nem digo mais nada, porque as palavras são pequenas para o descrever.
Só não sei se Santiago de Compostela chegou a dar o seu nome a uma rua, como há uns anos andou uma petição a circular.
Petição feita por galegos amigos do Zeca.
Pois...
ResponderEliminarVamos a ver quando há revolução...
Cumprimentos
Exelente homenagem....linda!
ResponderEliminarJinhos muitos
Zeca - eterno na voz e nas palavras.
ResponderEliminarBom teres trazido este pedaço, este AVISO.
Beijinhos, São
bom, sabe, cheguei a conhecê-lo pessoalmente. Infelizmente há quem não queira recordá-lo, nem àquilo de que ele foi estandarte: a liberdade.
ResponderEliminarErnesto, o avô
Cheguei há cerca de meia hora e já estou ao leme…
ResponderEliminarVenho, em nome da Líria, agradecer a visita ao Lírios.
Ela voltou à sua actividade normal de estudante,
que a obriga a manter-se afastada.
Na sua ausência, tentarei manter o barco em andamento.
Espero poder continuar a contar com a tua visita.
Até sempre.
Beijinhos
Mariazita
SÃO
ResponderEliminarVivemos actualmente um grande défice da musica e canção de intervenção. Não se vêm na praça pessoas como Zeca Afonso, com a sua coragem, mestria e sentido humano que contagiava e fazia escola, as suas letras continuam hoje tão actuais como nos tempos negros da outra senhora. Parece-me que o medo voltou à rua, daí o silêncio cada vez mais temeroso.
"A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas"
(Os vampiros de Zeca Afonso)
Beijos
Carlos Rebola
Minha querida MARIZ do coração lhe agradeço e lá irei em breve!
ResponderEliminarUma noite bem repousada para si!
NAMASTÉ!
Compartilho essa emoção, MARIA ELVIRA!
ResponderEliminarUma excelente noite.
Caro JOSÈ TORRES, eu fui aluna dele e ainda o ouvi cantar já depois de casada.
ResponderEliminarNo início da doença que o matou e através de Urbano Tavres Rodrigues encontrei-o pois aceitara cantar um poema ou dois meus.
A Galiza e Zeca tinham uma mútua adoração.
Uma excelente noite para si.
Já não creio em revoluções, sabe?
ResponderEliminarDurma bem, VIEIRA CALADO!
E mais domque merecida, MARIA CLARINDA!
ResponderEliminarDorme bem.
E obrigada por o ouvires, LÚCIA!
ResponderEliminarDorme bem.
CASA DE PASSE
ResponderEliminarCompreende-se: nenhum poder ama pessoas livres!
Os meu respeitos, Ernesto!
Sempre que tiver tempo. agora raro- claro que terei o gosto de lá ir!
ResponderEliminarDurmam bem!
Caro CARLOS, estou de acordo: anda tudo muito alheado da realidade e deixam cegar-se pelo futebol e diversas futilidades.
ResponderEliminarMas penso que a culpa também passa por nós.
Uma noite boa.
Boa noite São!
ResponderEliminarMas quanta verdade!
Bjs
Cara São,
ResponderEliminarEsperança e vontade nunca hão-de morrer. Há que as transmitir sempre... porque ninguém corta a raiz ao pensamento.
Beijinhos,
António Serra
Boa recordação do Zeca Afonso
ResponderEliminarEu não queria a revolução
Terras...Também não
estou a vendê-las
para comprar o pão.
Beijinhos
*
ResponderEliminarZeca Afonso,
Cantado o camarada , escultor
E Pintor, José Dias Coelho,
,
A morte saiu á rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação,
,
Marés de cravos, deixo-te,
,
*
O QUE ME VIER Á REAL GANA
ResponderEliminarSim, tudo verdade. Infelizmente!
Bom final de semana.
O ESPÍRITO DO TAI CHI
ResponderEliminarO pensamento e o éspíriot são , como diz, indestrutíveis. Graças a Deus!
Bom fim de semana, meu caro.
JO RA TONE
ResponderEliminarÉ sempre boa ideia recordar Zeca, não é?
Feliz final de semana.
POETA EU SOU
ResponderEliminarConheceste Dias Coelho?...
Eu fui aluna do Zeca em Setúbal.
Bom fim de semana, companheiro!
Uma bela homengem a um grande senhor da nossa lingua musical.
ResponderEliminarBelo tranalho.
Bjs amiga e um bom fds,
Nuno
A revolução começa primeiro em nós... A revolução exterior é fruto da interior....
ResponderEliminarBem vindo NUNO!
ResponderEliminarObrigada, também para ti.
Feliz semana.
Não posso deixar de estar de acordo, DENNIS
ResponderEliminarFeliz semana.
Bellas letras y linda inspiracion, mi muy querida amiga Sao.
ResponderEliminarUn beso...
Jamais será esquecido. Um símbolo inconfundível de Abril.
ResponderEliminarOlá São
ResponderEliminarEstas quadras retumbantes,
tocaram meu coração,
e deveres provocaram
em mim, uma revolução.
Um abraço,
Dalinha
Ainda bem, linda!
ResponderEliminarAmei a quadra!!
Um abraço.
Bom-dia! Sou o Carlos
ResponderEliminarVi o seu blog e fiquei agradado com o tema "José Afonso". Para além de ser uma das vozes de Abril, também foi o seu rosto. Abril que foi à 35 anos, Abril amigo, fraterno, Abril que solta as amarras de opressão, Abril de ideias novas, Abril de tanta coisa para se dizer.Foi um Abril que não assisti, mas guardo em mim toda a história do mesmo.Abril do presente e do futuro, sim! Haverá sempre Abril.
Já agora nasci em Abr...
Parabéns e continuação de bons trabalhos.
O meu blog:http://raizdopensamento-sameiro.blogspot.com/
Carlos Sameiro