" As efemérides pedem números redondos e os centenários combinam bem com comemorações; mas, atenta a realidade da história e dos factos, foram-nos amputados quase 50 anos de prática de ideário republicano.Por isso, em bom rigor, podemo-nos considerar ainda uma jovem República , o que porventura explica parte das nossas fragilidades e as tergiversações que parecem ensombrar o nosso futuro. A meu ver, é intolerável que a repartição dos rendimentos seja um dos principais factores da vulnerabilidade social em Portugal. Ao Estado pede-se lucidez em relação ao presente e visão de longo prazo. Neste tempo de grandes desafios, comemorar a República é não nos resignarmos ao que está mal. É sabermos enfrentar as dificuldades e, com um espírito realista, reconhecer os problemas e os obstáculos, sem nunca desistirmos da esperança. Como no passado, seremos capazes de ultrapassar as dificuldades. Para que isso aconteça, precisamos dos valores progressistas e democráticos da Re