JOSÉ MEDEIROS : "FADOS DESTE PAÍS"
Nós vimos nascer o pranto
do cano de uma espingarda
entalados numa farda
e vendidos em leilão
abafando a nossa raiva
fomos carne p´ra canhão
ainda sabemos do fogo
do sangue e da cicatriz
cantadores da tristeza
dos fados deste país
e nós também fomos a festa
quando se acabou o luto
quando a terra deu o fruto
da semente da revolta
quando as vozes se juntaram
e a gente cantou à solta
quando a manhã se enfeitou
das cores que a gente quis
cantadores da ousadia
dos fados deste país
agora
nossos olhos tão cansados
de ver o tempo a fugir
já mal sabemos sorrir
vamos perdendo o cabelo
e as rugas vão nascendo
como fios de um novelo
mas a esperança nunca morre
p´ra quem queira ser feliz
cantadores da incerteza
dos fados deste país.
JOSÉ MEDEIROS
O nosso "fado" já vem de longe, e "fadistas" é o que há mais.
ResponderEliminarCantando e rindo, já não será (só) remédio.
Tudo de bom.
Fadistas e a desafinarem cada vez mais as nossas vidas.
ResponderEliminarAinda estou rindo da sua aventura com o boi barrosão, rrrssss
Bem haja!
Que triste fado o nosso
ResponderEliminarSaudações amigas
Esperemos que no próximo domingo, o fado não fique tão negro como está hoje e que uma luz de esperança se acenda no país!
ResponderEliminarBons sonhos
Minha querida
ResponderEliminarInfelizmente um poema tão verdadeiro...um caminho tão amargo.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Destes fados não gosto :(
ResponderEliminarBFDS!!
ResponderEliminarFados que fazemos!
Lídia
E que, desgraçadamente, continuamos a fazer, não sei porque razão!
ResponderEliminarTudo de bom.
Nem eu...embora aprecie muito o trabalho de Zeca Medeiros e (ai, que raiva!!) o não tenha visto pessoalmente no Hotel de Ponta Delgada em que fiquei por questão de minutos.
ResponderEliminarBom fim de semana, PEDRO
Querida ROSA, infelizmente assim é...mas está nas nossas mãos o poder de resistir e de tentar mudar o rumo!
ResponderEliminarBeijinhos.
Um post importante no momento...
ResponderEliminarRealmente está em nós resistir
e tentar mudar o rumo. Espero
que no domingo haja o início...
mas estou com muitos receios.
Muitos mesmo!!!
Há pessoas que vêm os partidos
políticos como clubes de futebol...
Vamos ver.
Beijinhos
Irene Alves
Partilho esses receios e pelas mesmas razões: a política , para grande parte das pessoas, funciona por partidarite e votam às cegas, como se não houvesse alternativas. Nem que seja traçar o boletim de voto!
ResponderEliminarAbraço grande
Gracias por pasar a mi blog. Devuelvo visita con agrado, para conocer los tuyos.
ResponderEliminarMuchas gracias.
ResponderEliminarSaludos
Fado com uma letra forte São dedicados a Pátria amada Salve salve !rs
ResponderEliminarGosto de ouvi-los acho-os melodiosos e nostálgicos ,
vou pesquisar pra ouvir este (não achei link aqui)
obrigada da visita boa
um bom sábado
Mantenho a minha esperança no resultado eleitoral do próximo domingo... espero que as pessoas não desperdicem o seu direito cívico (que tanto custou a ganhar), e o usem como uma arma justamente autorizada.
ResponderEliminarUna hermosa y melancólica tristeza.
ResponderEliminarBesos.
Os fados são tristes... triste e penoso costuma ser o destino!...
ResponderEliminar¸.•°♡彡Ótimo sábado!
♡♫° ·.Bom fim de semana!
Beijinhos.
¸.•°❤❤⊱
E o único caminho é continuar a lutar contra os fados deste país...
ResponderEliminarSem dúvida e amanhã temos a hipótese de começar a tocar outra música.
ResponderEliminarMas estou com muito medo da abstenção, sabes?
Bom fim de semana
Linda INÊS, o destino , por vezes, é duro - mas existem coisas que não são inevitáveis , porque só dependem da nossa vontade: amanhã se provará se , em Portugal, queremos ou não a mudança !
ResponderEliminarBom fim de semana, amiga.
A poesia de Zeca Medeiros é toda ela assim...ou não fosse açoriano!
ResponderEliminarBesos, TORO
MMS, estou com muito receio da abstenção, porque - não sei qual o brilhante raciocínio utilizado - muitas pessoas consideram que a melhor forma de luta é a abstenção!!
ResponderEliminarE , por diversos motivos, ela subirá muito amanhã.
Acho incrível que se não exreça o direito e o dever de votar( nem que seja para traçar o Boletim), depois de morrerem pessoas para que o pudéssemos ter , principalmente as mulheres (a quem a ditadura impediu , só pelo facto de o serem)
Bom fim de semana
Bem vinda, LIS!
ResponderEliminarGosto de fado, mas não o considero de todo a canção nacional.
E este poema é de uma canção, não de um fado...
Espero que volte sempre e lhe deixo um abraço