"RESGATE" : IBN `AMMÂR (1031, SILVES - 1086, SEVILHA)
RESGATE
( a Al-Mu`tamid )
Pelo resgate a minha alma anseia.
Que outrem me compre deves evitar:
toma a minha vida qu´ela te premeia.
Pega nas moedas, toma a dianteira
teu lance há-de vencer se queres acreditar
que o meu preço alto é a maneira
de comprares bem o que queres mercar.
Depois, podes ceder-me à minha sorte:
deixa-me viver ou dar-me a morte.
Por Allâh!
Quem me fez cativo que será que quer?
Será amanhã o dia do meu fim?
O que será mais letal para mim,
a vergonha ou o medo de morrer?
Bello poema te mando un beso
ResponderEliminarO poeta é um mouro nascido no sul do meu país nos tempos em que a Ibéria era cominada por quem tinha vindo do norte de África.
EliminarTe abraço.
Um medo que todos de alguma maneira temos.
ResponderEliminarPor ser certa a finitude.
Mas aqui era mesmo um resgate corporal : Ibn `Ammâr tinha sido feito prisioneiro e estava à venda , pelo que envia este poema a Al-Mu`tamid para que o perdoe e o compre.
EliminarQué buen poema.
ResponderEliminarBesos, querida amiga.
Os mouros deixaram-nos uma bonita herança...
EliminarQuerido Pedro, abrazos
Um excelente poema deste poeta que desconhecia por completo.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
O poeta nasceu em Silves - de que foi governador, embora vindo de família modesta.
EliminarComprei em edição bilingue "Ibn `Ammâr Al-Andalusi - o Drama de um Poeta" no castelo de Silves, que contém os seus poemas e a sua biografia.
Abraço e bom resto de semana :)
Também fomos influenciados por eles em muitos campos!
ResponderEliminarAbraço
Com o tempo que estiveram, além de terem ocupado toda a península
Eliminar(excepto os Montes Cantábricos) seria impossível não deixarem herança e não nos influenciarem - tanto amis que era, na altura, uma cultura muito rica.
Beijinho
Olá, amiga São.
ResponderEliminarDesconhecia completamente este episódio que este poema relata.
Dito isto: gostei muito desta magnífica partilha, para se compreender factos do passado.
Continuação de boa semana, minha amiga.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Bom dia , meu amigo.
EliminarEste poeta tinha origens humildes , mas foi vizir de Silves.Infelizmente, era uma pessoa com um carácter não foi fiável e acabou por se meter em várias confusões: neste caso fora feito prisioneiro e estava à venda...
Beijinho, bom final de semana :)
Quando se acreditava que se tinha de pagar pela morte
ResponderEliminarGostei
E será que não se pensa ainda hoje ?...
EliminarFico grata.
Bom dia :)
Muito bem. Adorei o poema!! :))
ResponderEliminar.
Beijos. Boa noite!
Temos excelente escrita nesta época por mouros aqui no nosso país.
EliminarFico contente por ter gostado.
Beijinho, bom final de semana :)
No lo conocía.
ResponderEliminarMe gustó.
Besos.
Conhecia o poeta há anos , mas ler a sua poesia...só recentemente.
EliminarTe abraço, amic
Gostei do poema, não conhecia o poeta, obrigado pela partilha.
ResponderEliminarBeijinhos
Infelizmente , minha amiga, conhecemos pouquissimo da enorme herança dos muçulmanos no território agora português...
EliminarGrande abraço
Que hermoso texto, muy querida amiga Sao.
ResponderEliminarAl decir " toma mi vida cuando ella te haga un bien para ti ", se evoca el pensamiento de San Francisco de Asis.
Abrazo inmenso.
S.Francisco é alguém que muito admiro...
EliminarMeu querido amigo, te abraço carinhosamente
Olá, São.
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Grato abraço e bom resto de semana , meu amigo
EliminarUn poema muy original, Sao, de un poeta que no conocía. Un abrazo.
ResponderEliminarFaz parte da rica herança que a civilização moura deixou na península ibérica.
EliminarTe abraço :)
Al'Mu'Tamid, o Rei-Poeta!
ResponderEliminarDo seu desterro em Marrocos, triste, roído de saudades, cantava Silves e o Palácio dos Balcões:
Saúda, por mim, Abú Bala,
Os queridos lugares de Silves
E diz-me se deles a saudade
É tão grande quanto a minha
Saúda o Palácio dos Balcões.
Da parte de quem nunca o esqueceu.
Morada de leões e de gazelas
Salas e sombras onde eu
Doce refúgio encontrava
À sua amada enviava juras de amor, assegurando-se de que a distância não seria motivo para o esquecimento:
Invisível a meus olhos,
trago-te sempre no coração
Te envio um adeus feito paixão
e lágrimas de pena com insónia.
Inventaste como possuir-me
e eu, indomável, submisso vou ficando!
Meu desejo é estar contigo sempre,
oxalá se realize tal vontade!
Assegura-me que o juramento que nos une
nunca a distancia o fará quebrar.
Doce é o nome que é o teu
e aqui fica escrito no poema: ‘Itimad.
(E mais...) NO Xaile em tempos. :)
Beijinhos
Olinda
Minha querida amiga, fico-lhe muito grata pelo enriquecimento do meu espaço com esta partilha de poemas tão belos escritos pelo Rei-Poeta árabe.
EliminarBeijinhos e bom resto de semana :)
Um poema que nos oferece que pensar... valorizar o que deveria ser imensurável...
ResponderEliminarDesconhecia por completo o autor... Beijinhos!
Ana
Eu já o conhecia embora superficialmente, mas no fim de 2021 fiz a Rota dos Escritores no Algarve e fiquei a conhecer a sua história de vida e a beleza dos seus poemas.
EliminarO que aqui publico é retirado do livro que comprei no castelo de Silves, onde residiu enquanto vizir.
Beijinhos :)